Café especial também é gastronomia
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Na próxima visita a um restaurante, observe qual é o café oferecido no cardápio. Pergunte, ainda, se o ingrediente entra nas receitas, seja de doces ou de pratos principais. Se a resposta for negativa, dica é puxar a orelha do chef, ou mudar de opção.
Isso porque mudanças aconteceram a partir da terceira onda do café, em voga no Brasil desde a última década. Estabelecimentos atualizados já sabem que oferecer ao público experiências em torno dos cafés especiais não é um diferencial; é sinal de estar em dia com a demanda dos coffee lovers e também do público comum. Ele vem descobrindo que o universo da bebida é repleto de sabor e de possibilidades.
A oferta de cafés especiais em métodos de extração diversos e/ou como ingrediente de receitas chancela a qualidade do estabelecimento. E mais: dá ao consumidor a segurança de que o cardápio é compatível com as tendências. Além disso, demonstra que preza em oferecer ao comensal o que há de melhor em termos de insumos. “Café é gastronomia, assim como a comida, a cerveja, o vinho, a coquetelaria”, afirma Isadora, sócia e idealizadora do espaço Do Ar.
Café com assinatura
Recém-inaugurado no bairro Santa Lúcia/BH, o bar restaurante atrai público interessado em multiexperiências em gastronomia, música, design e arte. Não por acaso, os cafés servidos na casa são especiais, com assinatura da OOP cafeteria. A variedade escolhida na parceria entre a cafeteria e o espaço é 100% arábica. Trata-se de “um catuaí-vermelho que vem direto do produtor da Serra da Mantiqueira, sul de Minas”, detalha.
No cardápio, o cliente pode escolher entre os métodos coado e espresso. Há, ainda, as versões cold brew, machiatto e cappuccino. O café especial entra na composição de drinques e, em breve, deve chegar às receitas. “O projeto Do Ar foi idealizado para oferecer a melhor experiência possível em cada uma das propostas e entendemos que, nesse sentido, os cafés especiais são muito importantes.”
Métodos diversos
A parceria com a OPP, uma cafeteria que o casal já frequentava e admirava, “possibilitou a escolha de equipamentos e de um grão muito legal, que atende aos diferentes perfis do público e é adequado em todos os métodos (seja coado em equipamento Bunn, seja espresso).”
Isadora revela que o grão tem complexidade, aroma mais frutado, sabor chocolate e caramelo, perfil que atende a diversos paladares.
“A experiência com cafés especiais tem sido tão rica que estamos com a expectativa de investir em uma prensa para oferecer também o método, mais complexo e diferente do comum, mas que já está na ordem do dia entre os apreciadores”.
Além disso, casa oferece a possibilidade de o cliente levar o café para a casa. A embalagem padrão, com identidade visual desenvolvida por Isadora, que também é designer, é de 250g e custa R$ 26.
Especializado em gastronomia italiana, o restaurante Un’Altra Volta (BH) aposta em um clássico da gastronomia do País da Bota, o tiramisù. Na sobremesa, o café usado é um blend 100% arábica, de torra média (café Bela Flora). Confira a receita.
Tiramisù
Ingredientes: 1kg de queijo mascarpone, 6 ovos, 200g de açúcar, 500g de biscoito champanhe, 300ml de café forte sem açúcar, 150 ml de ligar de chocolate, cacau em pó para polvilhar.
Modo de fazer: Primeiramente, separe as gemas da clara. Em segundo lugar, passe as gemas por uma peneira. Em um bowl, acrescente o açúcar e bata até ficar bem homogêneo (o resultado será um creme branco); adicione o queijo mascarpone, bata um pouco mais e reserve. Em outra vasilha bata as claras em neve, vá incorporando a clara em neve aos poucos e com cuidado. Numa terceira vasilha misture o café e o licor de chocolate, umedeça levemente o biscoito champanhe no café com licor e comece a montar a sobremesa no recipiente de sua preferência com uma camada de biscoito seguida de creme de mascarpone, nivelando bem. Por cima, polvilhe o cacau em pó. Por fim, leve para gelar por no mínimo 4 horas.