Café x Saúde: mitos e verdades
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amos falar francamente: o mundo ama tomar café. Às vezes, até exagera na dose, não é? Isso por que a bebida figura há muito tempo na rotina de boa parte da população ocidental, e já faz parte dos hábitos de vida. Está em todas as casas, promove encontros e dá um up na disposição logo pela manhã. É a estrela de cafeterias cada vez mais sofisticadas e alvo da paixão dos coffee lovers. Impossível resistir a uma deliciosa xícara de café!
Mas esse consumo também interfere na saúde, tema que volta e meia gera dúvidas e polêmicas. Há um limite para o consumo? Até que horas posso tomar café? O descafeinado surte o mesmo efeito? O café acelera o coração?
Calma!
Independentemente das pesquisas, que volta e meia apontam esse ou aquele produto como herói ou vilão, os efeitos do café para a saúde não são nocivos. Pelo contrário, desde que consumido nos limites do bom senso, o café é benéfico para a “manutenção” da máquina humana, podendo ser comparado a um óleo nas engrenagens.
Tanto que dados científicos já comprovaram que componentes do café, como a cafeína e outras substâncias antioxidantes, previnem o envelhecimento, doenças degenerativas como o Alzheimer e alguns tipos de câncer. Isso para não falar do efeito imediato sentido após uma boa experiência de xícara: disposição e bem-estar!
Em contrapartida, é preciso ficar atento aos efeitos negativos que a bebida pode causar, principalmente entre pessoas mais sensíveis à cafeína e àquelas que se excedem no consumo. “O café é um estimulante natural. Portanto, beber em excesso pode causar agitação, aumento dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial, entre outros efeitos. Mas qualquer alimento ou bebida, até a água, deve ser consumido com bom senso”, cita a nutricionista Cristina Marques.
Afinal, o que é mito e o que é verdade na histórica relação café x saúde?
Sabemos que a composição do café é complexa. Ao todo, o fruto do cafeeiro possui mais de mil compostos químicos. “Há cafeína, trigonelina, ácidos clorogênicos, carboidratos, constituintes lipídicos, incluindo os diterpenos e ácidos graxos (livres e esterificados), entre outros componentes”, detalha Cristina.
E todos eles agregam valor ao nosso café da cada dia. Apesar de que, diante de uma xícara, pouca gente pensa a respeito de tais substâncias, analisa a profissional. “Até há pouco tempo, o principal objetivo do consumidor era experimentar uma bebida extremamente aromática e com ares de confort food. Isso porque o ato de beber café, além de ser cultural, é algo social. Fazemos café para visitas, amigos, para o fim de um almoço…o café tem essa conotação de juntar as pessoas e a maioria bebe porque gosta! Poucos bebem pensando que o consumo aumenta a expectativa de vida, por exemplo”.
Hoje, graças à terceira onda do café e ao desenvolvimento do mercado de qualidade, mais e mais pessoas estão se interessando pelo que há de melhor em cada tipo de café. E a saúde agradece.
Quantas xícaras por dia?
A nutricionista explica ainda que o café é rico em compostos bioativos, sendo os mais estudados a cafeína, os ácidos clorogênicos, e os diterpenos cafestol e kahweol. “Estes compostos são os mais estudados justamente devido às repercussões sobre a saúde humana” e afirma que existe, sim, um limite base para o consumo diário de café. “Alguns pesquisadores recomendam a quantidade de quatro xícaras pequenas de 50 ml cada, ao dia. Existem pessoas que possuem mais ou menos sensibilidade à cafeína, e, por isso, essa referência de dose diária pode variar para mais ou para menos. Mas mesmo para os que lidam 100% bem com o café e respectivos componentes, frisa a especialista, há, sim, um limite recomendado: seis xícaras de 50 ml ao dia.
De modo geral, Cristina recomenda o hábito de tomar um cafezinho para os pacientes. E lembra: “o café é um termogênico natural, tem efeito estimulante para a prática física e em pequenas doses diminui a fadiga. Sempre sem açúcar, puro e de boa qualidade, tendo em primeiro lugar o cuidado de avaliar cada paciente, recomendo o consumo de café”.
A seguir, a nutricionista fala sobre os principais pontos e esclarece algumas polêmicas na relação café x saúde. Confira!
Principais componentes do café
Cafeína
Estimulante do sistema nervoso central (SNC) e do músculo cardíaco.
Ácidos clorogênicos (substâncias oxidantes)
Possuem atividade anticancerígena e propriedades antioxidantes.
Vitamina B3
Desempenha inúmeras funções, sendo uma das principais auxiliar o corpo a produzir energia. Por isso, o café nos dá tanta energia, é uma boa fonte de vitamina B3.
Benefícios x malefícios do café
Diminui a fertilidade
Alguns estudos indicam que altas doses de café, ou seja, mais de cinco xícaras por dia, podem diminuir a fertilidade tanto em mulheres quanto em homens. Lembrando que o equilíbrio continua sendo a melhor forma de lidarmos com o consumo dos alimentos.
Previne o câncer de pele, entre outros
Sim, os antioxidantes atuam como protetores das células. Mulheres que bebem mais de três xícaras de café reduzem em 20% o risco de desenvolver câncer, em comparação com aquelas que consomem pouco ou nenhum café. Já nos homens, o risco de desenvolver câncer reduz apenas 9% pelo consumo de três xícaras de café por dia.
Favorece a expectativa de vida
Sim, pesquisas indicam que quem bebe café regularmente tem menos chances de morrer por doenças cardíacas, câncer, derrame, Parkinson, diabetes e outras doenças crônicas. E a frequência também conta. Ou seja, café beneficia sua expectativa de vida. Vamos manter esse hábito!
Não resta dúvidas de que o consumo de café vale a pena, não é? O café especial, então, traz benefícios ainda maiores! Sua torra mais clara e os processos de seleção de grãos sem imperfeições influenciam bastante nisso. Esse é mais um dos motivos para a u.Coffee investir no mercado de cafés especiais, qualidade da lavoura à mesa somada ao prazer de sabores surpreendentes e, a cereja do bolo, saúde a cada xícara!
No próximo post relacionado à nutrição x consumo de café você poderá conferir outras dicas e esclarecimentos sobre os efeitos da bebida na saúde. Fique de olho e beba bem estar.